26 de abril de 2024 - 05:07

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Funcionária acusa diretor de saúde de Pedro de Toledo de chantagem sexual: ‘São regras da casa’

O caso de um suposto crime de violência sexual ocorrido nas dependências de unidades de Saúde de Pedro de Toledo está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Peruíbe, que instaurou inquérito policial para apurar os crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual.

Segundo a vítima, Priscila Lima, de 32 anos, o diretor de saúde de Pedro de Toledo, Ranulfo Pereira, a assediou sexualmente lançando mão de jogos e chantagem logo que ela ocupou o cargo de coordenadora de saúde do município, em dezembro do ano passado. Na ocasião, ela acabou se mudando para a cidade de Peruíbe – município vizinho a Pedro de Toledo – para começar no novo cargo.

Priscila relata que seu então superior à época a levou para uma sala, tirou a calça e disse que “eram regras da casa”, ‘convidando ‘ a moça para uma relação sexual. O diretor nega os fatos, e alega que trata-se de uma armação política para prejudicá-lo.

Levantamentos do material sobre o caso que veio à público, indicam que as investidas sexuais começaram antes mesmo de Priscila ter começado a trabalhar no município.

Logo na primeira conversa, Ranulfo elogia uma foto, onde Priscila aparece com um biquini, imagem esta que ele teria copiado das redes sociais particulares da vítima, lhe tecendo elogios em seguida. As imagens mostram que Priscila não teria respondido. Cinco minutos depois, Ranulfo pergunta o que deveria fazer para ver os seios dela de perto e, dois minutos mais tarde, pede mais fotos no mesmo estilo.

 

 

Priscila disse que percebeu que se tratava de uma espécie de jogo sexual e que, em um primeiro momento, acabou participando pois precisava muito do emprego. “Eu estava desesperada. Cedi e tive relações sexuais com ele. A situação era difícil e tenho uma filha para criar”.

Priscila conta que foi trabalhar na cidade após a morte do ex-marido, que era médico e já trabalhou na região de Pedro de Toledo. “A minha vida desabou, tudo dele foi para inventário, e nossa pensão [dela e da filha] diminuiu muito.”

A jovem explica que viu a situação passando do controle e, a partir daí, passou a se esquivar das investidas. “Um dia ele voltou de viagem e me chamou. Eu falei que não iria. Ele voltou e me demitiu na frente de todos os funcionários. Eu já pensava em sair por causa da situação, mas ele passou a prejudicar a minha imagem e disse que minhas roupas eram indecentes”, lamenta.

Após a demissão, a profissional compareceu à delegacia e registrou boletim de ocorrência contra o superior.

A Prefeitura de Pedro de Toledo pediu explicações ao funcionário, que negou os fatos e disse que é vítima de perseguição política. Ele também afirmou que os prints são parciais e colocou seu celular à disposição da polícia. Enquanto as investigações acontecem, a prefeitura decidiu manter o funcionário no trabalho.

A investigação tramita em segredo de Justiça, por se tratar de crime sexual.

*Com informações do G1

 

Diário do Ribeira

 

 

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