26 de abril de 2024 - 02:02

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Funcionário da Sabesp contrai malária no Poço das Antas, em Mongaguá

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) confirmou que um funcionário que presta serviços na Estação de Tratamento de Águas (ETA) do Poço das Antas, em Mongaguá, contraiu malária, mas sem apresentar sintomas. “Todos os colaboradores que prestam serviços na estação de tratamento de água passaram por testes. Ele foi devidamente tratado conforme orientação médica e, após período indicado, repetiu os testes, que apresentaram resultado negativo”, completa.

Conforme pesquisa do Diário, malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles (mosquito prego). Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Mas são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade.

A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. É necessária a participação de um vetor (mosquito). Toda pessoa pode contrair a malária.

Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando pouco ou mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie parasitária.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Na região extra-Amazônica, composta pelas demais unidades federativas e o Distrito Federal, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma alta letalidade que chega a ser 128 vezes (dado preliminar de 2019) maior que na região Amazônica.

 

OUTRA QUESTÃO

Recentemente, o Diário publicou a preocupação de um grupo de ativistas do Município que busca uma alternativa para preservar o Poço das Antas, localizado no Parque Ecológico ‘Humberto Salomone’, que possui grutas e trilhas, considerado um verdadeiro recanto ecológico. Segundo acredita o grupo, o Poço das Antas – que dispõe de queda d’água que forma uma cachoeira, terminando com uma piscina de água natural – corre risco de ser contaminado por excesso de esgoto.

O grupo está querendo fiscalização da Sabesp e dos órgãos ambientais municipal e estadual, pois sete quiosques ficam no entorno do Poço das Antas com suas fossas sépticas. Ou seja, fezes, urina, óleos de frituras e de lavagem de louças vão in natura para o solo, contaminando as águas subterrâneas e o Rio das Antas que deságua na praia de Mongaguá. O centro ecológico da Prefeitura também tem a fossa séptica que deságua no rio.

Não existe qualquer barreira sanitária para evitar contaminação e seriam necessários testes de solo das imediações. Acima do Poço das Antas, existe uma Estação de Tratamento de Água (ETA) da Sabesp. Fora a questão do esgoto, há inúmeras árvores sob risco de queda que precisam ser avaliadas. Os ambientalistas acreditam que falta atenção e manutenção para ao equipamento turístico, embora seja cobrado ingresso.

 

CÂMARA

O vereador Diego Martins Domingues já apresentou requerimento solicitando à Sabesp a implantação de rede coletora de esgoto na Rua das Cascatas, no Poço das Antas. Domingues alegou ter sido procurado por proprietários de quiosques. Eles explicaram que, por possuir solo muito úmido, o local causa dificuldade na drenagem das fossas que, em dias de chuvas intensas, transbordam causando mau cheiro, incomodando comerciantes e visitantes.

Outro problema é a aglomeração de pessoas que, segundo os ambientalistas, frequentam o local sem tomar as medidas de prevenção à contaminação por coronavírus. Estima-se mais de 500 pessoas por final de semana no local sem proteção alguma.

 

SABESP E PREFEITURA

A Sabesp já havia informado que está realizando estudo de viabilidade técnica e econômica para avaliar a possibilidade de implantação da rede coletora de esgoto. Esclarece que a manutenção da infraestrutura existente é de competência da Prefeitura, responsável por fiscalizar eventual irregularidade no descarte dos esgotos com o mau uso das fossas sépticas dos quiosques, que devem funcionar de acordo com as normas técnicas pertinentes e atendendo à legislação ambiental vigente.

A Prefeitura de Mongaguá já entrou em contato com a Sabesp para pedir análise da qualidade da água do local. Além disso, também pediu a implantação de rede coletora de esgoto na Rua das Cascatas, no Poço das Antas.

 

Diário do Ribeira/Gazeta SP

Foto: Nair Bueno

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