10 de maio de 2024 - 13:17

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Ex-preteito de Cananéia contratou empresa suspeita de ligação com o PCC

A empresa de ônibus acusada de integrar esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) usou laranjas para assinar contratos com a prefeitura de Cananéia, segundo investigação do Ministério Público.

Alvo de operação que denunciou 10 diretores e sócios por organização criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão e apropriação indébita, a Transwolff, dona da segunda maior frota de ônibus da capital paulista, é apontada pelos promotores como a beneficiária de dois contratos com a Prefeitura de Cananéia, no litoral sul, firmados em 2017 com uma empresa laranja, segundo a Folha de S. Paulo.

Os contratos de prestação de serviço de transporte público de Cananéia foram assinados com a empresa Regina Gonçalves Alves- ME, de maneira emergencial e sem licitação, e somaram R$ 663.467,40. Na época, o prefeito era Gabriel Rosa (PSD), que teve o mandato cassado pela Câmara Municipal em setembro de 2020.

Segundo o Ministério Público, Regina fazia parte do quadro de funcionários da Transwolff, e trabalhava como motorista de ônibus com salário de 1.918,13.

O acordo com a prefeitura previa repasses mensais de R$ 30 mil para a oferta de duas rotas de transporte de passageiros nos dias de semana. Além disso, as investigações apontaram que a empresa não funcionava no endereço declarado à Junta Comercial.

Ainda segundo o Ministério Público, uma vez que a contratação foi feita de forma direta, sem participação de outros interessados, o processo incluiu uma pesquisa de preços para comprovar que a proposta escolhida estava de acordo com os preços vigentes. Segundo os promotores, as quatro empresas consultadas pela Prefeitura de Cananéia tinham os mesmos funcionários e eram administradas pela mesma pessoa, Reginaldo Gonçalves da Silva.

Além disso, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontou indícios de superfaturamento na formação de preços do contrato.

Um dos contratos foi firmado após uma ação civil pública que exigiu transporte regular para os moradores dos bairros do Ariri e Itapitangui ao centro de Cananéia. O trajeto de três horas e meia era feito apenas três vezes por semana em balsas, já que as localidades são isoladas pelo estuário na divisa do estado com o Paraná.

Diário do Ribeira / Grupo Gazeta SP

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