Funcionários do Metrô e da CPTM farão uma greve nesta terça-feira (28) para protestar contra o projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatização de serviços estaduais. Outros 40 setores do funcionalismo público também participação da paralisação desta terça, como a USP e a Fundação Casa.
“Uma das reivindicações desse movimento é que o governador faça um plebiscito oficial para saber se a população quer que privatize a Sabesp. Assim como tem que ouvir a população sobre a privatização do transporte. Desde o início de 2022 a população está vivendo um caos com as linhas [de metrô] privatizadas e ele não ouve a opinião da população”, disse a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.
A paralisação desta terça vai afetar as linhas estatais operadas pelo Metrô: a 1-Azul, a 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho). No caso da CPTM, a greve vai alterar as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
Já as linhas do Metrô e da CPTM concedidas à iniciativa privada (4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda) devem funcionar normalmente.
Os funcionários do Metrô já promoveram três paralisações neste ano. As pautas anteriores foram reivindicações trabalhistas, além das privatizações.
O governador Tarcísio de Freitas criticou o ato. “Qual é o limite do direito de greve? Será que é razoável que a gente tenha uma greve todo mês? […] Virou um deboche com a sociedade, uma piada, um desrespeito. A gente não pode ser escravizado por meia dúzia de pessoas de um sindicato que estão olhando o próprio umbigo”, disse ele, em entrevista coletiva na semana passada.
Diário do Ribeira / Gazeta SP
