4 de maio de 2024 - 03:41

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Dez anos após a sua morte, Santos ainda chora por Chorão, seu marginal alado

Alguns pode chamar de irônico, outros de previsível, mas é no mínimo certo que o rapaz apelidado justamente de Chorão, cuja vida e morte impactaram tanto a cidade de Santos, ainda arranca lágrimas de fãs e admiradores do cantor que foi símbolo do rock ‘n roll brasileiro ao longo de mais de duas décadas.

Falar da morte de Alexandre Magno Abrão parece até injusto devido à vida marcante que o fundador do Charlie Brown Jr levou ao longo de 42 anos, mas como sua despedida chega à marca de dez anos nesta segunda-feira (6) o assunto se torna inevitável até certo ponto.

Paulistano de nascença, mas santista de corpo e alma, Chorão foi de tudo um pouco, cantor, compositor, skatista, mas estendeu seus talentos a outras áreas quase nem sempre lembradas por todos, mas que não podem faltar em sua biografia, como cineasta, roteirista e empresário.

A trajetória, também marcada pela companhia de nomes emblemáticos, como dos parceiros Champignon, Marcão Britto, Heitor Gomes, Thiago Castanho, Renato Pelado, Pinguim e Bruno Graveto foi transformada em canções eternizadas em dez álbuns de estúdio que levaram o nome de Santos ao Brasil e ao mundo.

Com ‘Transpiração Contínua Prolongada’, de 1997, Chorão se apresentou ao cenário musical do Brasil com hits que ainda ressoam na cabeça de fãs e até haters do grupo musical como ‘O Côro Vai Comê’, ‘Tudo Que Ela Gosta de Escutar’ e ‘Proibida pra Mim’.

O sucesso foi rápido e a ascensão no cenário musical meteórica. Aos 40 anos de idade, Chorão, com o Charlie Brown Jr, já acumulava dezenas de prêmios, que incluíam até mesmo dois Grammys Latinos. Um dos maiores roqueiros brasileiros, entretanto, teve um fim de trajetória súbito na primeira semana de março de 2013.

Chorão enfrentava uma depressão e passava por problemas familiares graves. Ele foi achado em seu apartamento, localizado em Pinheiros, na capital paulista, na madrugada de 6 de março. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e o óbito constatado ainda no local.

A notícia deixou uma legião de fãs em estado de choque, culminando em uma longa fila no entorno da Arena Santos para se despedir de Chorão durante seu velório.

Apesar da despedida de Chorão, o cantor deixou um legado que segue vivo para fãs e para a história musical brasileira. Atualmente, o Charlie Brown Jr realiza uma turnê celebrando os 30 anos do grupo musical. A mais recente apresentação se deu sábado (4) passado, no Planeta Atlântida.

Além disso, nesta segunda-feira, dia 6 de março, uma biografia de Champignon, eterno baixista da banda, chega à internet. Da autoria de Pedro de Luna, o livro, batizado de ‘Champ’, responde a perguntas sobre criação, brigas e relação do grupo musical.

Entre os fãs, conversas sobre homenagens para este dia 6 já são debatidas. Ao longo dos anos seguintes à morte do cantor, seu jazigo no Memorial Necrópole Ecumênica foi frequentemente visitado em dias como no feriado de Finados e flores e outros itens celebrando Chorão podiam ser encontrados comumente em frente a seu túmulo.

As homenagens acabam se tornando importantes lembranças e sinais de que Chorão pode ter feito muitos se debulharem em lágrimas, mas também indicam que até o mais improvável pode ser alcançado, uma vez que sua memória viverá para sempre e seu nome jamais vai morrer enquanto os ‘loucos’ saibam que para quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião.

Diário do Ribeira / Gazeta SP

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