19 de abril de 2024 - 03:04

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Surto psicótico? Procuradora é brutal e covardemente agredida por colega de trabalho em Registro; (vídeo)

A procuradora-municipal de Registro Gabriella Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi brutal e covardemente agredida pelo também procurador-municipal Demetrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, nesta segunda-feira (20), por volta das 16h50, nas dependências da Procuradoria Geral do Município.

De acordo com relatos de servidores que estavam presentes no local, o ato violento teria sido desencadeado por um surto psicótico, já reincidente, uma vez que o servidor já teria sido exonerado do cargo durante a gestão do prefeito Gilson Fantin, em 2020. Porém, ao entrar com um recurso, ele acabou sendo readmitido.

A ebulição violenta teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o homem por conta de sua postura no ambiente de trabalho. Um boletim de ocorrência (BO) sobre o caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) do município.

Um dos relatos afirma que no momento em que Gabriella teria sido promovida a diretora do departamento, o agressor teria pedido demissão e depois voltado atrás, alegando ter sido tomado por um “surto”. O fato, ainda segundo o relato, é que “ele não aceitaria receber ordens de mulheres”.

No vídeo apresentado a seguir, filmado por uma outra funcionária, Gabriella já está caída no chão (de acordo com o B.O, ela já teria sido derrubada com uma cotovelada no rosto por Demetrius), enquanto o agressor, em completo descontrole, lhe desfere uma sequência de socos na cabeça e chutes.

Neste momento há duas mulheres tentando interromper a ação violenta, sendo que uma delas também acaba sendo agredida com um empurrão contra a porta. Dois outros profissionais do setor jurídico, assim que ouviram os gritos, se dirigiram ao local e contiveram o procurador. Assista:

 

 

O vereador Capitão Renato levou o caso para a Câmara Municipal de Registro e pediu um posicionamento enérgico da Prefeitura, a fim de que o agressor seja afastado do cargo.

“Quando eu venho aqui e falo que no Brasil é difícil prender alguém, está aí mais um caso. Ele não está preso. Mas eu venho falar para o prefeito de Registro: Esse cara tem que estar fora do quadro da prefeitura, esse cara não pode permanecer no quadro da prefeitura”, disse o vereador em tom de revolta.

Notas de Repúdio
Prefeitura de Registro

A Prefeitura de Registro manifestou o “mais absoluto e profundo repudio aos brutais atos de violência realizados pelo Procurador Municipal contra a servidora municipal mulher que exerce a função de Procuradora Geral do Município.”
E prosseguiu: “A administração municipal está tomando as providências necessárias e já determinou de imediato que o agressor seja suspenso, nos termos do art. 179, c/c inc. III do art. 180, ambos da Lei Complementar nº 034/2008 – Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Registro, com prejuízo de seus vencimentos, a partir de 21 de junho. Reafirmamos nosso compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres. Por fim, aos demais servidores desta municipalidade recebam nosso amparo e saibam que a prática de violência é veementemente repudiada e será severamente punida pela Administração Municipal.”

OAB- Registro

A 54ª Subseção da OAB- Registro também repudiou a atitude de Demetrius e ressaltou que “a agressão atingiu a toda a advocacia e a toda a sociedade de uma forma geral, causando indignação permanente.”
Ademais, a Ordem informou que representará de ofício o agressor perante a Comissão de Ética e Disciplina, por conduta indigna com a Advocacia, bem como acompanhará o desenrolar do inquérito policial.

Câmara Municipal de Registro

A Câmara Municipal de Registro, por meio da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Registro, conduzida pela vereadora Sandra Kennedy Viana, também se manifestou sobre o ato violento. “Total repúdio contra este homem que, de forma covarde e brutal, agrediu violentamente a mulher advogada no seu ambiente de trabalho. Inadmissível e revoltante. O agressor precisa ser responsabilizado judicialmente além de afastado imediatamente do serviço público e, ao cabo do processo administrativo, exonerado do cargo.”

 

Diário do Ribeira

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