A taxa de testes positivos para Covid-19 voltou a subir no mês de abril no território paulista. A informação é da Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria (Abrafarma) que avaliou o número de testes positivos verificados nos estabelecimentos da entidade no estado de São Paulo.
De acordo com o levantamento, na primeira semana de abril, 7% dos testes realizados apontaram resultado positivo para a doença. O número de casos possíveis apontados por estes testes na última semana de março representava 5% do total. Já na última semana deste mês, a taxa subiu novamente, chegando a 8%.
Assim como em testes de farmácia, houve aumento do número de possíveis infecções detectado por exames realizados em laboratórios. O índice passou de 9% entre o dia 17 e 23 de abril, para 13% nesta semana. O texto conta com informações do “g1”.
O aumento no número de resultados positivos para o novo coronavírus já era esperado, segundo a infectologista do Hospital Sírio Libanês Mirian Dal Ben.
“A gente fez uma série de medidas de relaxamento. A gente tirou o uso de máscaras, a gente vem aí de dois feriados prolongados nos quais as pessoas passearam mais, se encontraram mais. A gente sabe que a doença vai ficar circulando de forma endêmica, então vai ter o Covid circulando entre nós”, afirma a especialista.
Apesar da piora na taxa de testes positivos, outros indicadores da doença continuam caindo no Estado. No início de abril, a média móvel de casos confirmados estava acima de 6,6 mil por dia. Atualmente este índice está em 2,9 mil por dia em São Paulo, conforme dados registrados nesta quarta-feita (27).
Nos últimos 27 dias, a média móvel de mortes teve queda significativa, passando de 55 para 20 óbitos por dia.
Mirian Dal Ben acredita que a queda nestes indicadores está relacionada à imunização contra a doença e afirma que a tendência é que as mortes continuem caindo.
“A gente espera que as pessoas tenham uma boa adesão a essa dose de reforço, que é necessária, e dessa forma esse aumento de casos de positividade, que é esperado por causa das medidas de relaxamento, não tenham impacto muito grande na taxa de óbitos. Ou não tenham impacto nenhum, porque a população está protegida contra as formas graves da doença”, explica a infectologista.
Na cidade de São Paulo, a quarta dose da vacina já foi recebida por cerca de 54% por cento das pessoas com 60 anos ou mais. Além dos idosos, os imunossuprimidos também já podem tomar a quarta dose.
Diário do Ribeira / Gazeta SP
