24 de abril de 2024 - 01:12

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STF dá 48h para governo incluir crianças em plano de vacinação antiCovid

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de 48 horas ao governo federal solicitando uma manifestação sobre a inclusão no Plano Nacional de Vacinação do público de 5 a 11 anos contra o novo coronavírus. A determinação ocorre após a aprovação da vacina para este grupo pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Lewandowski acatou um pedido do PT (Partido dos Trabalhadores) que solicitou ao Supremo que determine ao governo uma complementação do Plano Nacional de Vacinação, a fim de incluir detalhes sobre a vacinação de crianças.

A ação tem como objetivo obrigar o governo a criar um cronograma de vacinação da população infantil antes do retorno às aulas e o estabelecimento de um dia nacional de vacinação ou de datas para mutirões de imunização.

Desde que a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças, Bolsonaro tem feito ataques contra a entidade. Ele ameaçou divulgar os nomes que compõem o “tal corpo técnico” que aprovou a medida. O texto conta com informações do g1.

O presidente chegou também a mentir ao dizer que a vacina é experimental e disse que vai perguntar à sua esposa para decidir sobre a vacinação da filha de 11 anos.

Nesta sexta (17), o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, reagiu em defesa da posição da agência e relembrou que em outubro e em novembro membros da entidade foram ameaçados. “Não faz muito tempo, fomos ameaçados com morte, uma série de perseguições e de outros atos criminosos”, disse.

Isso, de acordo com ele, acrescentou ao trabalho — “que já é muito difícil, complexo e desgastante — preocupações completamente desnecessárias”.

Uma nota também foi oficializada pela Anvisa diante das declarações de Bolsonaro.

“”A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explicita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão” (Nota da Anvisa)

                                                                    Diário do Ribeira / Gazeta SP

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