23 de abril de 2024 - 03:41

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Prefeitura oferece espaço a quiosques em extensão de nova orla ainda nem licitada; comerciantes ameaçam fechar cidade

Em entrevista à Tribuna, afiliada TV Globo, nesta segunda-feira (30), o prefeito Geraldino Júnior (PSDB) falou que planeja realocar os quiosques que serão demolidos por decisão judicial na extensão de 1 km da Nova Orla, a partir da avenida São Paulo, sentido norte da ilha.

No entanto, o projeto urbanístico de calçamento, ciclovia, equipamentos de lazer e pontos de comercio contemplados na Nova Orla ainda sequer foi licitado e não tem prazo de início de construção.

A licitação serve para escolher, por meio de concorrência pública, a empresa responsável pela obra, que ofereça o melhor preço.

“A gente quer usar esse momento de crise pra dar uma solução nisso também que favoreça, inclusive, o município. A ideia é levar para o Ministério Público, que a gente depende deles também, uma proposta de realocação para esses espaços”, explicou o mandatário.

“Esses proprietário vão poder construir num espaço público, segundo padrões que nós determinaremos; terão tempo de utilização de dez anos, depois eles entregam ao município”, completou Geraldino.

À reportagem, o prefeito não disse quantos quiosques serão beneficiados, critérios para distribuição dos espaços nem um plano de realocação para os quiosques do Boqueirão Sul, que oferecem infraestrutura básica aos turistas.

Por conta disso, quiosqueiros não enxergam a curto prazo uma volta às atividades e ameaçam uma manifestação durante o feriado.

Do lado sul da ilha, há chance de protesto no acesso à balsa em Cananeia. Do lado norte, quiosqueiros podem se concentrar na ponte prefeito Laércio Ribeiro, que liga Iguape e Ilha Comprida. Os protestos podem prejudicar a chegada de turistas para o feriado de 7 de setembro, com o fechamento de pistas, segundo apurou a reportagem da ISTV, mas os empresários não bateram o martelo de uma data das mobilizações.

Segundo a Associação dos Quiosqueiros de Ilha Comprida, a demolição dos quiosques deve afetar cerca de 1.200 empregos diretos e indiretos.

Ontem, fiscais da prefeitura lacraram os estabelecimentos comerciais instalados na faixa de areia no Boqueirão Norte, mas a Administração Municipal não informou se há previsão para início da retirada das estruturas. O prazo dado pela justiça se encerra hoje (31).

 

Luis Roberto Moura / Diário do Ribeira

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