A pesquisadora que tem orientado as obras de contenção do avanço do mar no balneário Araçá revelou à Rádio Ilha Comprida que a paralisação dos trabalhos ocorreu porque se trata de um projeto piloto e, por isso, não pode garantir a eficácia da proposta.
A professora doutora do Instituto Geológico da secretaria estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Célia Regina Gouveia de Souza, diz que a paralisação das atividades é normal nesta fase, já que a obra passa ainda por um período de testes, o que deve se estender até setembro com o fim do período de ressacas.
Conforme constatou a Reportagem do Diário do Ribeira, a areia preenchida nos sacos pela prefeitura é da própria praia, deixando de lado a orientação da pesquisadora.
Célia Regina Gouveia de Souza revela que dados iniciais ja trouxeram resultados positivos após os últimos dois grandes eventos de maré alta na Ilha.
Segundo a especialista, nessa fase de testes serão instaladas barreiras com até 40 com sacos de areia em cinco pontos da região do Araçá, antes do início do projeto em si de uma estrutura mais longa e uniforme de contenção. No entanto, um estudo do terreno por meio de um plano topográfico ainda deverá ser feito.
A professora e doutora do Instituto Geológico explica que a erosão que atinge o norte da Ilha é fruto de um processo natural do meio ambiente e destaca o caráter emergencial da obra.
Célia Regina Gouveia de Souza conta que a proposta de recuperação no Araçá foi adotada após o modelo obter sucesso em outras cidades do país, mas ainda assim não pode garantir sucesso por aqui.
Nesta semana a professora doutora do Instituto Geológico da secretaria estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente está na cidade para reorientar os trabalhos e acompanhar de perto os primeiros resultados.
Diário do Ribeira – Da Reportagem
