A diretora de Saúde de Ilha Comprida, Vanessa Cristina Gimenes de Mello, subiu à tribuna a fim de comunicar que a informação do Governo do Estado de que Ilha Comprida teria 900 doses da vacina contra a covid-19 em estoque para continuidade da campanha é falsa.

Diante do fato de o município não conseguir acompanhar o calendário estadual desde o início da vacinação, a administração se retratou afirmando que existe uma diferença de mais de 7 mil habitantes entre o dado do IBGE e o cadastro do sistema Único de Saúde (E-SUS), sendo que este último aponta para 18 mil pessoas.
De acordo com a diretora, a Ilha Comprida teve um salto para 18 mil habitantes em apenas um ano, motivado pela pandemia e este fato tem provocado o envio de doses insuficientes pelo governo paulista.
Além de desmentir o conteúdo do e-mail recebido pela nossa Reportagem, Vanessa também negou ter havido mutirão no dia seguinte à publicação do assunto referido.
“Nós não temos estoques parados nas unidades. Temos vacinas em nossas geladeiras que são específicas para determinados grupos. Nós temos as segundas doses dos idosos que a gente também também tem que garantir. Uma das nossas equipes não conseguiu concluir o seu cronograma de vacinação na semana passada. Qual era a estratégia? Vacinar no sábado. Vacinamos 112 pessoas no sábado. Gente, 112 vacinas não é mutirão”, argumentou.
Mesmo após um ano e meio de pandemia e seis meses de vacinação, a diretora de Saúde diz que a cidade ainda não tem um prazo para resolver o atraso na aplicação da vacina na cidade.
Vanessa comentou que a Ilha Comprida deve receber hoje (23) mais 120 doses da vacina para continuidade da campanha.
Vale lembrar que a prefeitura é alvo de uma ação do Ministério Público (MP-SP) que investiga a lentidão da campanha de imunização contra a Covid-19 no município.
*Reportagem de Luis Roberto Moura
Diário do Ribeira