O Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomércio-BS) prevê uma Páscoa com vendas bem abaixo do esperado para essa época do ano.
Segundo o presidente da entidade, Omar Abdul Assaf, os comerciantes andam desanimados e irritados com a constante fiscalização sobre os seus estabelecimentos.
“Desde o início da pandemia, o comércio vem cumprindo rigorosamente a sua parte, respeitando protocolos e decretos, mas o que se vê nas ruas é um festival de irresponsabilidade, desrespeito e imprudência, com pessoas sem máscara, fazendo aglomerações e sem sofrerem nenhum tipo de punição. Enquanto isso, os comerciantes estão acuados, vivendo de delivery e mal conseguindo dar conta das obrigações”, desabafou.
Segundo ele, a fiscalização parece funcionar muito bem na hora de punir o comerciante, mas faz “vista grossa” para o resto da população em geral. As medidas mais restritivas da Fase Emergencial do Plano São Paulo não se mostraram eficazes, provocando mais aglomerações, principalmente antes dos finais de semana.
“As vendas da Páscoa eram uma esperança, pequena é verdade, mas neste cenário, as projeções são as piores possíveis. Enquanto não tivermos um esforço conjunto de prefeitos, governadores e do Governo Federal para estender a mão para o comércio, vai haver mais desemprego e muitos estabelecimentos devem fechar as portas para sempre”, afirmou.
Omar Abdul Assaf salientou, também, que o Sindicato não vem poupando esforços para buscar auxílio junto às várias instâncias oficiais, sejam recursos financeiros ou amortizações de dívidas e impostos, mas que a população precisa fazer a sua parte.
Diário do Ribeira / Gazeta SP
